domingo, 15 de maio de 2011

Entre|Palavras 2011

     A 7º Edição do Entre Palavras por um lado foi boa, e por outro foi óptima!

     Foi bom porque tivemos o azar de termos sido os últimos e ter sido necessário debater contra dois grupos em vez de um, porque não estávamos bem preparados e nos faltava experiência e porque os alunos da Calouste Gulbenkian são as pessoas mais arrogantes e mais mal-educadas à face da terra!

     O debate correu sem sobressaltos, até ao momento em que dei por mim a falar de bacalhaus e da variedade de espécies da costa portuguesa [por favor, não perguntem porquê]! Mas isso não foi o pior, acreditem. Nos dois minutos finais estava eu, e apenas EU, a debater o facto de Portugal ser um dos países da União Europeia que investe mais nas energias renováveis, contra o grupo da Gulbenkian. Mas tudo bem, o problema é que no preciso momento que eu ia responder à provocação dos da Gulbenkian, Nuno Gramaxo [cuja a aparência física se assemelha à de Albert Einstein] deu fim ao debate! [Grrrrrrm, logo quando eu tinha uma boa conclusão!]
     No final deram-nos um minuto para justificar porque razão ganhamos o debate.


O auditório. Foi aqui que assistimos aos debates 
     Saímos da mesa vermelha e deslocamo-nos para os nossos lugares, onde um rapaz cuja inteligência parecia exceder os 160 pontos de QI me fez sentir a pessoa mais estúpida daquela sala. Estivemos a falar durante cerca de dois minutos onde me explicou que podia ter jogado com o facto de eles defenderem que todos devem ter a escolaridade obrigatória, o que ninguém concordou. Não sei bem porquê mas senti-me bem por ser corrigida! À conversa juntou-se outro rapaz de raça negra que disse ter gostado da minha prestação [não reparei se o disse num tom sarcástico porque não estava em condições de o fazer].
     O diálogo acabou quando fomos interrompidos por uma rapariga, que pensei estar a entrar em trabalho de parto devido aos berros que dava enquanto defendia o tema. Na sala só se ouviam risinhos e gargalhadas porque essa mesma menina era a versão feminina do Major Valentim Loureiro!...

     Passaram à fase seguinte os Cromos da Gulbenkian, que nem se dignaram a assistir ao debate das equipas seguintes, e o grupo dos rapazes com quem estava a falar (que por acaso também não gostavam nada da Gulbenkian, coitados!)

     For outro lado esta tarde foi óptima pois deu para perceber que ainda existem alguns adolescentes inteligentes neste país, com quem possa ter um diálogo interessante, isto é, sem dar montes de pontapés na gramática, sem utilizar o calão e sem falar no dia em que começaram a fumar. Isto é obra!

     Nessa mesma tarde alguém compreendeu a minha situação e deu-me esta frase de consolação: “Não te preocupes, só vais ter de aguentar esta mediocridade por mais um ano!”
     Nem sei se isso é bom ou mau. É que às vezes olho para uma parede durante 5 segundos e reparo que sou muito mais feliz nesse instante do que no resto do dia…


     P.S. Obrigada Roberto, Catarina e João pela tarde espectacular!

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